quarta-feira, 26 de março de 2008
O pretê pedalinho
Era uma vez uma cisne negra, chamada Preta, que nadava tranquilamente no zoo de Munique, na Alemanha. Tava lá, tranquilona, quando os administradores do lugar resolveram botar um pedalinho (na tradicional forma de cisne) no lago, para os alemães passearem. Foi então que Preta se apaixonou pelo pedalinho!
Sim, a pobre cisne, assim como no Patinho Feio, não descolava nenhum pretê cisne. Daí quando viu o pedalinho, caiu de amores. Nem percebeu que ele não era real. Assim como a gente faz de vez em quando na nossa vida amorosa.
Ficamos fantasiando que aquele pretê é muito incrível, que manda bem em várias coisas, quando, na verdade, ele pode ser quase um “pedalinho”. Só existir na imaginação.
Voltando a Preta. Os administradores do parque e o próprio diretor resolveram confiscar o pedalinho, levá-lo para outro lugar, pra ver se a cisne se esquecia desse amor impossível.
E eis que em um dia de inverno, depois de várias tentativas de separar os cisnes, Preta mudou de idéia. E resolveu se apaixonar por outro cisne. De carne e osso, só não sabemos a cor da plumagem.
E qual a conclusão da nossa parábola: tem vezes que a gente se apaixona por um pretê-pedalinho e de nada adianta nossas amigas falarem, rezarem ou nos arrastarem para baladas. Por mais roubada que ele seja, continuamos lá, cegas pela imponência das plumas brancas.
Mas daí, um dia, acordamos com um outro humor, e, sim, arranjamos alguém da nossa turma. Por isso, quando tudo der errado, lembre-se da cisne preta.
E que pedalinho só serve pra dar uma voltinha!
Pedalando se vai longe...
02neurônio – 24/03/08
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